Nelsinho Piquet diz que é vitima!



Sou uma vítima,
diz Nelsinho
Piloto admite que 
será difícil recomeçar 
sua carreira na F1









 – Nelsinho Piquet alega que se tornou a principal vítima do escândalo 
"crashgate" da Renault, e admite que será difícil recomeçar sua carreira 
na Fórmula 1. Piquet disse que, apesar das punições ao chefe da 
equipe, Flavio Briatore, e ao diretor técnico, Pat Symonds, ele foi o 
mais prejudicado e dificilmente conseguirá outra chance na categoria.




"Algumas pessoas sugeriram que eu deveria ter sido punido pela FIA, 
mas na realidade, ninguém foi mais punido do que eu", declarou 
Nelsinho ao The Times.


"Estou no início da minha carreira, ao contrário dos outros que foram 
punidos neste caso. Terei de superar muitos obstáculos. De certa 
maneira, tenho de começar minha carreira do zero na Fórmula 1 ou 
me justificar em qualquer categoria onde eu possa correr".


Piquet disse que sua batida planejada para beneficiar a estratégia 
do companheiro Fernando Alonso foi elaborado pouco antes da 
corrida, e alegou que não teve tempo para pensar no que estava 
fazendo e que estava sob pressão para manter sua vaga na equipe.


"Tudo aconteceu muito rapidamente, preciso confessar que eu 
nunca poderia ter imaginado as consequências. Estava em posição 
difícil na época, e a renegociação do meu contrato estava em jogo 
se eu não aceitasse a estratégia. Fui pego de surpresa pelo pedido 
das duas pessoas mais importantes da equipe - e um deles era meu 
empresário".


"O plano da batida só foi elaborado algumas horas antes da prova, 
não tive tempo para pensar com clareza. Se a proposta tivesse sido 
feita durante os treinos livres, eu teria tido mais tempo para pensar 
e agir de outra maneira".


Piquet sugeriu que se seu pai estivesse no GP de Cingapura, a 
decisão não teria sido tomada, e que Nelson avisou a FIA pela 
primeira vez sobre o ocorrido na última etapa da temporada 2008. 
"Acredito que o plano não teria sido feito", disse ele. "Depois disso, 
meu pai começou a ir a todas as corridas".


"A primeira confissão foi feita à FIA pelo meu pai durante o GP 
do Brasil de 2008. Na primeira metade de 2009, mei pai e eu 
falamos com outras pessoas sobre o assunto. Porém, a formalização 
das alegações só ocorreu mais tarde. Era uma acusação muito séria, 
e por essa razão, tivemos de ter bastante cuidado e dar passos 
cautelosos".


Ele negou que teria usado a ameaça de envolver a Renault na 
tentativa de manter sua vaga na equipe. "Alguns sugeriram que 
eu estava fazendo chantagem com a Renault para dar sequência 
à minha carreira, mas a situação estava mais complicada já há 
muito tempo".


"A cada corrida, era sempre a mesma história de ameaçar cancelar 
o meu contrato ou a renovação para a próxima temporada. Fiz a 
alegação para que nenhum outro piloto passasse pelo que eu 
passei, e mais importante, a fim de que todo o episódio fosse 
esclarecido da maneira que foi".


Piquet também alegou que foi vítima da frustração de Briatore 
pelo fato da equipe não ter conseguido retornar à sua forma 
vencedora de 2005 e 2006, mas afirmou que, até onde sabe, 
Alonso não fez parte do plano.


"Como resultado da falta de competitividade da Renault, Briatore 
canalizou toda a sua insatisfação em mim. Ele preferia descontar 
em mim durante o período em que estive na Fórmula 1. Nunca vi 
outro estreante ser tão pressionado quanto eu fui. A pressão por 
resultados é normal, mas o assédio mental é outra história".


"Alonso não participou da reunião quando a idéia de uma batida 
foi desenvolvida. Se ele conhecia ou não o plano, é um detalhe 
que não sei"